sexta-feira, 25 de junho de 2010
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Os Benefícios do Viver Previdente
ESCRITURA DO DIA – 2 Néfi 5:17
E aconteceu que eu, Néfi, fiz com que meu povo fosse industrioso e trabalhasse com as mãos.
CITAÇÃO DO DIA
“Espero que compreendam que, embora ter uma horta (...) possa ser útil para reduzir os gastos com alimentação e fornecer frutas e verduras frescas deliciosas, os benefícios vão muito além disso. Quem pode estimar o valor da conversa especial entre uma filha e seu pai ao limparem ou aguarem a horta? Como podemos avaliar os benefícios advindos das lições que certamente aprendemos ao plantar, cultivar a terra e verificar a lei eterna da colheita? E como podemos medir a união e cooperação familiar que são necessárias para fazer com sucesso conservas com as frutas colhidas? Sim, estamos armazenando recursos, mas talvez o maior benefício consista nas lições de vida que aprendemos ao vivermos de modo previdente.”
Presidente Spencer W. Kimball – Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, p. 132
E aconteceu que eu, Néfi, fiz com que meu povo fosse industrioso e trabalhasse com as mãos.
CITAÇÃO DO DIA
“Espero que compreendam que, embora ter uma horta (...) possa ser útil para reduzir os gastos com alimentação e fornecer frutas e verduras frescas deliciosas, os benefícios vão muito além disso. Quem pode estimar o valor da conversa especial entre uma filha e seu pai ao limparem ou aguarem a horta? Como podemos avaliar os benefícios advindos das lições que certamente aprendemos ao plantar, cultivar a terra e verificar a lei eterna da colheita? E como podemos medir a união e cooperação familiar que são necessárias para fazer com sucesso conservas com as frutas colhidas? Sim, estamos armazenando recursos, mas talvez o maior benefício consista nas lições de vida que aprendemos ao vivermos de modo previdente.”
Presidente Spencer W. Kimball – Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, p. 132
segunda-feira, 31 de maio de 2010
A Feminilidade da Beleza Interior.
"Uma das mais grandiosas bênçãos da humanidade é o fato de a mulher justa poder ocupar “a mais elevada posição de honra” e ser “a obra mais perfeita de Deus”.
Será que [você] tem plena consciência da magnitude de seus dons e talentos e de como [pode] alcançar a "mais elevada posição de honra" (...) no mundo? Um de seus dons mais especiais, preciosos e sublimes é a feminilidade, com a graça, a doçura e a divindade que lhes são peculiares.
A feminilidade não se resume a batom, penteados da moda e roupas elegantes. É o adorno divino da humanidade e encontra sua mais nobre expressão nas suas qualidades, na sua capacidade de amar, sua espiritualidade, delicadeza, luminosidade, sensibilidade, gentileza, criatividade, charme, graciosidade, dignidade e força sutil. Apesar de manifestar-se de forma diferente em cada menina ou mulher, [você] possui essa feminilidade que faz parte de sua beleza interior."
Presidente James E. Faust
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Prosseguir com Paciência
Presidente Dieter F. Uchtdorf
Segundo Conselheiro na Primeira Presidência
As lições que aprendemos com a paciência vão cultivar nosso caráter, elevar-nos a vida e aumentar nossa felicidade.
Na década de 1960, um professor da Universidade Stanford deu início a uma modesta experiência que visava testar a força de vontade de crianças de quatro anos. Ele colocou diante delas um grande marshmallow e disse-lhes que poderiam comê-lo imediatamente ou, se esperassem quinze minutos, ganhariam dois marshmallows.
Deixava então as crianças sozinhas e ficava observando, por trás de um espelho falso, o que acontecia. Algumas crianças comeram o marshmallow imediatamente, outras só conseguiram esperar uns minutos antes de ceder à tentação. Somente 30 por cento conseguiram esperar.
Foi uma experiência relativamente interessante, mas o professor passou para outras áreas de pesquisa, porque, em suas próprias palavras: “Há um limite para as coisas que se pode fazer com crianças que estão tentando não comer um marshmallow”. Mas com o passar do tempo, ele acompanhou as crianças e começou a notar uma correlação interessante: as crianças que não conseguiram esperar tiveram mais problemas de comportamento na vida, enquanto aquelas que esperaram tendiam a ser mais positivas e motivadas, a tirar melhores notas, a ter melhor renda e a desenvolver relacionamentos mais saudáveis.
O que começou com uma simples experiência que envolvia crianças e marshmallows tornou-se um estudo importante que sugeria que a capacidade de esperar — de ser paciente — era um traço de caráter importante que poderia prever o sucesso subsequente na vida.
Pode Ser Difícil Esperar
Pode ser difícil esperar. As crianças sabem disso, e os adultos também. Vivemos num mundo cheio de refeições rápidas, mensagens instantâneas, filmes visualizados na hora e respostas imediatas para as perguntas mais triviais ou profundas. Não gostamos de esperar. Alguns até sentem a pressão sanguínea subir quando sua fila do supermercado fica mais lenta do que as outras.
A paciência — a capacidade de adiar por algum tempo os nossos desejos — é uma virtude preciosa e rara. Queremos o que queremos e queremos agora mesmo. Portanto, o próprio conceito de paciência talvez pareça desagradável e, às vezes, amargo.
No entanto, sem paciência não podemos agradar a Deus, não podemos tornar-nos perfeitos. De fato, a paciência é um processo purificador que aprimora a compreensão, aprofunda a felicidade, direciona a ação e proporciona esperança de paz.
Como pais, sabemos o quanto é insensato atender a todos os desejos de nossos filhos. Mas os filhos não são os únicos que se estragam quando mimados com satisfação imediata. Nosso Pai Celestial sabe o que os bons pais aprendem com o tempo: para que os filhos amadureçam e atinjam seu potencial, eles precisam aprender a esperar.
Paciência Não É Apenas Esperar
Quando eu tinha dez anos, minha família tornou-se refugiada em uma terra nova. Eu sempre fui bom aluno na escola, ou melhor, até chegarmos à Alemanha Ocidental. Lá, minha experiência educacional foi muito diferente. A geografia que estudávamos na escola era nova para mim. A história que estudávamos também era bem diferente. Antes, eu aprendia russo como segundo idioma, mas então, passei a estudar inglês. Foi difícil para mim. Na verdade, houve momentos em que acreditei realmente que minha língua não tinha sido feita para falar inglês.
Uma vez que grande parte do currículo era nova e estranha para mim, não consegui acompanhar. Pela primeira vez na vida fiquei me perguntando se eu simplesmente não tinha inteligência suficiente para frequentar a escola.
Felizmente, tive um professor que me ensinou a ser paciente. Ensinou-me que o trabalho firme e constante, e a persistência paciente, iriam ajudar-me a aprender.
Ao longo do tempo, os assuntos difíceis foram-se tornando claros, até o inglês. Lentamente, comecei a ver que, se me aplicasse constantemente, conseguiria aprender. Não aconteceu rapidamente, mas, com paciência, aconteceu.
Com essa experiência, aprendi que a paciência era muito mais do que simplesmente esperar que algo acontecesse. A paciência exigia que trabalhássemos ativamente em direção a metas, e não ficássemos desanimados quando os resultados não aparecessem imediatamente ou viessem sem esforço.
Há um conceito muito importante nisso: a paciência não é resignação passiva nem é deixar de agir por temor. A paciência significa esperar ativamente e perseverar. Significa permanecer em algo e fazer todo o possível: trabalhar, esperar e exercer fé; suportar as dificuldades com coragem, mesmo que os desejos de nosso coração demorem a ser cumpridos. A paciência não é apenas suportar, mas suportar bem!
A impaciência, por outro lado, é um sintoma do egoísmo. É uma característica do egocêntrico. Ela se origina de uma doença muito comum nos dias atuais chamada síndrome do “centro do universo”. Essa síndrome leva as pessoas a acreditar que o mundo gira em torno delas e que todos os outros são apenas coadjuvantes no grande palco da mortalidade, e que somente elas têm o papel principal.
Como isso difere, meus queridos irmãos, do padrão que o Senhor estabeleceu para nós, como portadores do sacerdócio!
Paciência: um Princípio do Sacerdócio
Como portadores do sacerdócio e representantes do Senhor Jesus Cristo precisamos servir ao próximo de maneira condizente com Seu exemplo. Há um motivo pelo qual quase todas as aulas sobre liderança do sacerdócio citam em algum momento a seção 121 de Doutrina e Convênios. Em poucos versículos, o Senhor oferece um curso avançado sobre liderança do sacerdócio. “Nenhum poder ou influência pode ou deve ser mantido em virtude do sacerdócio, a não ser com persuasão, com longanimidade, com brandura e mansidão e com amor não fingido.”
Os traços de caráter e práticas descritos nesses versículos são o alicerce de paciência divina e estão inseparavelmente vinculados ao serviço eficaz, tanto patriarcal quanto do sacerdócio. Esses atributos vão dar-lhes forças e sabedoria para magnificar seus chamados, para pregar o evangelho, para integrar os membros do quórum e para prestar o mais importante serviço de amor do sacerdócio, que realmente acontece dentro de seu próprio lar.
Lembremo-nos sempre de que um dos motivos pelos quais Deus nos confiou o sacerdócio foi o de preparar-nos para as bênçãos eternas, aprimorando nossa natureza por meio da paciência exigida no serviço do sacerdócio.
Assim como o Senhor é paciente conosco, sejamos pacientes com aqueles a quem servimos. Compreendamos que eles, tal como nós, são imperfeitos. Tal como nós, eles cometem erros. Tal como nós, eles querem que as pessoas lhes concedam o benefício da dúvida.
Nunca desistam de alguém. E isso inclui vocês mesmos.
Creio que todos podemos, neste ou naquele momento, identificar-nos com o servo da parábola de Cristo, que devia dinheiro ao rei e implorou, pedindo que o rei tivesse paciência com ele.
O Tempo e a Maneira do Senhor
Os filhos de Israel esperaram 40 anos no deserto antes de poderem entrar na terra prometida. Jacó esperou 7 longos anos por Raquel. Os judeus esperaram 70 anos na Babilônia antes de poderem retornar para reconstruir o templo. Os nefitas esperaram um sinal do nascimento de Cristo, mesmo sabendo que se o sinal não aparecesse, eles pereceriam. As provações sofridas por Joseph Smith na Cadeia de Liberty fizeram com que até o profeta de Deus questionasse: “Até quando?”4
Em cada caso, o Pai Celestial tinha um propósito para exigir que Seus filhos esperassem.
Todos somos obrigados a esperar, à nossa própria maneira. Esperamos respostas para orações. Esperamos coisas que na ocasião parecem tão certas e boas para nós, que não conseguimos imaginar por que o Pai Celestial retardaria em responder.
Lembro-me de quando estava preparando-me para ser treinado como piloto de caça. Passamos muito tempo em nosso treinamento militar preliminar fazendo exercícios físicos. Ainda não tenho certeza do motivo pelo qual aquelas infindáveis corridas eram consideradas uma parte preparatória essencial para tornar-nos pilotos. Mesmo assim, corremos, corremos e corremos um pouco mais.
Quando estava correndo, comecei a notar algo que, sinceramente, deixou-me preocupado. Por muitas vezes, fui ultrapassado por homens que fumavam, bebiam e faziam todo tipo de coisa contrária ao evangelho e, particularmente, à Palavra de Sabedoria.
Lembro-me de ter pensado: “Espere um pouco! Não sou eu que deveria poder correr e não me cansar?” Mas eu estava cansado, e fui ultrapassado por pessoas que inquestionavelmente não seguiam a Palavra de Sabedoria. Confesso que isso me deixou intrigado na época. Perguntei a mim mesmo: “A promessa era verdadeira ou não?”.
A resposta não veio imediatamente. Mas, por fim, aprendi que as promessas de Deus nem sempre são cumpridas tão rapidamente ou da maneira que esperamos. Elas podem vir de acordo com o tempo Dele e à maneira Dele. Anos depois, pude ver a comprovação clara das bênçãos físicas que recebem os que obedecem à Palavra de Sabedoria, além das bênçãos espirituais que advêm imediatamente após a obediência a cada lei de Deus. Recordando, sei com certeza que as promessas do Senhor são, sem dúvida, cumpridas, embora talvez nem sempre com rapidez.
A Paciência Exige Fé
Brigham Young ensinou que, quando surgia algo que não compreendia plenamente, ele pedia ao Senhor: “[Dá-me] paciência para esperar até que eu possa compreendê-lo”.5 Depois, ele continuava a orar até conseguir compreender.
Precisamos aprender que, no plano do Senhor, nossa compreensão às vezes vem “linha sobre linha, preceito sobre preceito”. Em resumo, o conhecimento e a compreensão exigem paciência.
Com frequência, os vales profundos de nosso presente serão compreendidos somente quando nos lembrarmos deles do alto das montanhas de nossa experiência futura. Muitas vezes, não podemos ver a mão do Senhor em nossa vida até muito depois de as provações terem passado. Geralmente, os momentos mais difíceis de nossa vida são elementos essenciais na formação do alicerce de nosso caráter e abrem o caminho para futuras oportunidades, compreensão e felicidade.
Paciência: um Fruto do Espírito
A paciência é um atributo divino que pode curar a alma, revelar tesouros de conhecimento e entendimento, e transformar homens e mulheres comuns em santos e anjos. A paciência é na verdade um fruto do Espírito.
Ter paciência significa perseverar em algo até o fim. Significa adiar a gratificação imediata em favor de bênçãos futuras. Significa conter a raiva e segurar a palavra áspera. Significa resistir ao mal mesmo quando isso pareça estar tornando os outros ricos.
Paciência significa aceitar o que não pode ser mudado e enfrentar isso com coragem, graça e fé. Significa estarmos “[dispostos a submeter-nos] a tudo quanto o Senhor achar que [nos] deva infligir, assim como uma criança se submete a seu pai”. Em suma, paciência significa estar “firme, constante e imutável em guardar os mandamentos do Senhor”9 todas as horas de todos os dias, mesmo quando for difícil. Nas palavras de João, o Revelador: “Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”.
A paciência é um processo de perfeição. O próprio Salvador disse que em nossa paciência possuímos nossa alma.11 Ou, usando outra tradução do texto grego: “Na vossa paciência conquistareis o domínio de vossas almas”.Paciência significa perseverar com fé, sabendo que às vezes é na espera e não no recebimento que crescemos mais. Isso era verdade na época do Salvador. Também é verdade em nossa época, porque somos ordenados nestes últimos dias a “[continuar] pacientemente até que [sejamos] aperfeiçoados”.
O Senhor Nos Abençoa por Nossa Paciência
Parafraseando o antigo salmista, se esperarmos pacientemente no Senhor, Ele Se inclinará para nós. Ouvirá o nosso clamor. Vai tirar-nos de um lago horrível e colocar nossos pés sobre uma rocha sólida. Ele vai pôr um novo cântico em nossa boca, e louvaremos nosso Deus. Muitos a nosso redor verão isso e confiarão no Senhor.
Meus queridos irmãos, a obra da paciência se resume no seguinte: guardar os mandamentos; confiar em Deus, nosso Pai Celestial; servi-Lo com humildade e amor semelhante ao de Cristo; exercer fé e esperança no Salvador; e nunca desistir. As lições que aprendemos com a paciência vão cultivar nosso caráter, elevar-nos a vida e aumentar nossa felicidade. Vão ajudar a tornar-nos dignos portadores do sacerdócio e fiéis discípulos de nosso Mestre Jesus Cristo.
É minha oração que a paciência seja uma característica que identifique todos nós que possuímos o sacerdócio do Deus Todo-Poderoso; que confiemos corajosamente nas Suas promessas e no Seu devido tempo; que lidemos com as pessoas com a mesma paciência e compaixão que buscamos para nós mesmos; e que continuemos pacientemente até sermos aperfeiçoados. No sagrado nome de Jesus Cristo.
Amém.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Armazenamento Doméstico: Hora de Começar!
As ações a seguir podem ajudá-la a começar a fazer seu armazenamento doméstico: 1-Inclua periodicamente no seu armazenamento doméstico alguns itens que você costuma precisar usar; 2-Armazene água que seja potável; 3-Guarde algum dinheiro,mesmo que sejam somente algumas moedas por semana. Essa abordagem modesta logo a ajudará a ter uma reserva de itens a sua disposição para vários meses. Com o passar do tempo,à medida que as circunstâncias pessoais o permitam e onde for permitido por lei,expanda esse esforço inicial até conseguir fazer uma reserva para mais tempo de coisas básicas como cereais,grãos e outros gêneros de primeira necessidade. A preparação pessoal e familiar baseia-se no alicerce da fé em Jesus Cristo,na obediência aos Seus mandamentos, e em um estilo de vida previdente.Seja prudente;você não deve entrar em pânico nem chegar a extremos nesse esforço de armazenar alimentos e ter uma reserva financeira,mas você precisa começar.Ao fazer isso,será abençoada com mais sabedoria,segurança,paz de espírito e bem-estar pessoal. "Cada pai e mãe é provedor de sua família.Eles devem armazenar tudo aquilo que a própria família gostaria de consumir,no caso de uma emergência(...) Se não tivermos os recursos necessários para fazer um suprimento para um ano,podemos nos esforçar começando a fazê-lo para um mês.Acredito que,se formos suficientemente previdentes e sábios ao administrar nossos assuntos pessoais e domésticos,e se formos fiéis,Deus suprirá o nosso sustento durante as provações." James E. Faust "E há muito mais que poderiam evitar as ondas tempestuosas de sua vida financeira,se tivessem um estoque de alimentos suficientes para um ano(...)e estariam livres de dívidas.Atualmente,vemos que muitas pessoas seguem esse conselho às avessas:Tem,no mínimo,um estoque de um ano de dívidas,e nenhum alimento."Pres.Thomas S.Monson Para obter mais orientações quanto ao armazenamento familiar,visite o site www.providentliving.org.
terça-feira, 25 de maio de 2010
Interação de Amor
Depois de uma vida inteira de prática e paciência juntos,como será sua última interação?Será que vocês verão e sentirão de modo semelhante a John e Therissa Clarks?Em 1921,John Haslem Clark,de Manti,Utah,escreveu o que se tornaria sua última anotação no diário: "Nossos parentes estiveram aqui,mas foram embora para a casa deles.O barulho das crianças correndo,as risadas e toda a balbúrdia terminaram.Os dois cujo destino tornou um.Faz muito tempo,já se passaram sessenta anos desde que nos conhecemos sob as árvores de junho.Eu beijei você primeiro.Quão tímida e medrosa você era em sua juventude.Nenhuma outra mulher na Terra ou no céu poderia ser o que você é para mim.Prefiro você aqui a meu lado,mulher,com seu cabelo grisalho,do que qualquer broto da juventude.Onde você está,é lar.Onde você está,não há saudade.Quando olho para você,percebo que há algo maior do que o amor,embora o amor seja a maior coisa na Terra.é lealdade.se eu fosse expulso do meio das pessoas,envergonhado,você me seguiria.Se eu estivesse queimando de febre,sua mão fresca me consolaria.Segundo a sua mão eu poderia passar e tomar meu lugar entre os salvos no céu.Como sou oito anos mais velho - e com o passar dos anos tenhio sentido que o momento da despedida se aproxima - frequentemente pensamos e comentamos:Como é que um de nós poderia ficar sozinho?Sozinho,após vivermos juntos por 56 anos.Mal ouso pensar nisso,mas embora seja um pouco egoísta da minha parte,cosolo-me pensando[que],tendo em vista a nossa idade,provavelmente não serei eu quem ficará sozinho." Outro escrito aparece depois,na mesma página.É a letra de Therissa,gentilmente encerrando o diário de John: "Quase dois anos e meio se passaram desde a última anotação,e os eventos que se seguiram foram muito tristes,de partir o coração desta sua companheira de vida,de modo que esta caneta foi deixada de lado muitas vezes antes de eu fazer esta anotação.A saudade e a solidão[estão]sempre presentes e estarão comigo até o fim(...).Será que o tempo amenizará essa tristeza?Serei capaz de deixar o Velho Lar e não mais sentir que ele está esperando por mim,chamando por mim?Só me sinto contente em casa,onde sinto que ele está zelando por mim,que sua presença está sempre comigo.Em 11 de março de 1923,John Haslem Clark faleceu,depois de uma enfermidade de apenass uma semana.Ele parecia tão bem,conversador e ativo.Não tínhamos idéia de que o fim estava próximo,até que ele perdeu a consciência poucas horas antes de sua morte.Oh,que todos sejamos tão limpos e puros quanto ele,prontos para apresentar-nos diante de nosso Criador". Não sabemos de detalhes da vida de John e Therissa,em suas interações do dia-a-dia.Mas sabemos como 56 anos de conversas diárias finalmente moldaram o tipo de pessoa em que eles se tornaram,o tipo de amor que eles conheceram.Se os casais de hoje pudessem saber que esse é o amor que eles podem vir a sentir e compreender no final de sua vida,o que eles não dariam por isso!Ouviriam mais e fariam escolhas melhores,sempre e sempre,dia após dia,decisão após decisão.Aprenderiam,por paciente experiência,que "o trabalho é o amor que se torna visível."Saberiam que, à medida que os anos se passam,seu casamento os estará ajudando a tornarem-se um pouco mais semelhantes a Ele.Então compreenderiam,ao cruzarem o limiar final da mortalidade que na medida em que se tornaram um com Ele,eles se tornaram um com o outro. (A Liahona -agosto de 2207,p.30,31).